Uma saudade: Canalhas à moda antiga…

Provavelmente um dia me arrependerei de ter dito isso, mas que saudade dos canalhas à moda antiga. Onde eles foram parar? O que aconteceu com eles?

Canalhas à moda antiga. Que tratavam bem, roubavam o fôlego, deixavam a vontade do quero mais. E mantinham como só eles sabiam fazer. Apareciam esporadicamente, para se fazer presente. E quando estavam ao seu lado faziam com que você se sentisse única, a pessoa mais importante daquele momento.

Veja bem, não estamos falando de amor. Nem de relacionamentos. Estamos falando do casual como deveria ser. Sem que nenhuma das partes se sinta lesada. Casual para não haver cobrança, mas gentil o suficiente para ser constante.

Daquela pessoa que não deixa com você se sinta uma qualquer. Honesta sobre o futuro, não promete e não deixa criarem expectativas. Mas incapaz de ser indiferente.

O canalha à moda antiga pode ter uma, ou várias. Pode ser uma canalha à moda antiga.  Vai sorrir ao te ver e dizer o quanto você é bonita. Vai rir com você e o momento vai ser sempre leve. Pode ser parceiro de algumas horas, sem se comprometer em ser o parceiro de sempre.

Você vai querer experimentar. E vai voltar.

Totalmente diferente dos pseudo-canalhas que temos visto por aí. Os incapazes de satisfazer, os que querem ser legais e são ainda piores, os covardes, os machistas. Os que tem certeza de que você está ali porque eles são incríveis e não porque não tinha nada melhor pra fazer.

Os que acham perda de tempo ligar, responder mensagem e manter alguém. Pseudo-canalhas, sempre priorizando quantidade e não qualidade. Não aprendem nada sobre a pessoa ali na sua frente então não conseguirão nunca ser memoráveis. Toda mulher (e homem, por que não?) tem um canalha que nunca esquecerá, mas não será você que a tratou como um pedaço de carne e saiu correndo pela porta.

Com certeza será o canalha que reparou que ela tem sardas e pintinhas no corpo. Que percebeu o que falar e quando. Que foi gentil todo vez que solicitado sem perder um pingo de malícia. Que soube se esquivar com sutileza. Que olhou como quem tira a roupa. E sabe o ponto fraco de cada mulher que sai.

Saudade de vocês, canalhas à moda antiga. Mas acho que essa safra está esgotada.

 

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